terça-feira, 23 de outubro de 2012

Economist aponta à reestruturação da dívida nacional

Economist aponta à reestruturação da dívida nacional 
Luís Reis Pires 
23/10/12 03:05 


Relatório sobre Portugal diz que o país não foge ao ‘haircut’. Dívida chegou aos 200 mil milhões no final do segundo trimestre, revela o BdP. 

Sem avançar para uma reestruturação da dívida, Portugal não vai conseguir ser solvente. O aviso é da Economist Intelligence Unit (EIU), que acredita que o País também vai precisar de mais dinheiro da ‘troika' e aponta para uma recessão de 2,2% no próximo ano, que poderá tornar inatingíveis as metas de consolidação acordadas com as autoridades internacionais. 

"Uma vez que Portugal não será considerado suficientemente digno de crédito para se financiar a si próprio nos mercados a partir de Setembro de 2013, acreditamos que será necessário um segundo pacote de financiamento", pode ler-se no relatório da EIU sobre Portugal, a que o Diário Económico teve acesso. O apoio adicional, acrescenta o documento, poderá ser "através de empréstimos directos ou de apoio indirecto via compras de obrigações pelo BCE no mercado secundário". 

A possibilidade de a ‘troika' canalizar mais dinheiro para Portugal poderá aguentar o País caso não seja possível regressar aos mercados no próximo ano. Mas não garante a solvência da dívida pública. "Mesmo com a promessa de financiamento adicional, é improvável que Portugal seja capaz de voltar a ser solvente sem um alívio na dívida", escreve a EIU. Os técnicos do grupo "Economist" sublinham que "o ‘timing e a dimensão de uma reestruturação da dívida são difíceis de prever", mas que tal poderá acontecer no final de 2013. 

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